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Projeto Surfando na Terra dos Cangurus

Mercado do Surfe

Click aqui para adquirir um exemplar Durante muito tempo o surfe teve uma péssima imagem. Surfistas eram descriminados, sendo considerados vagabundos, sujos e drogados. No entanto nos últimos anos as coisas mudaram de figura, a indústria relacionada ao surfe proliferou e a imagem negativa do surfista mudou. Hoje em dia existem cada vez mais adeptos e admiradores do esporte, desde crianças a idosos. Segundo Silva (2003) existem mais praticantes do surfe no Brasil do que em qualquer outro esporte, com exceção do futebol.

Para Serra at al. (2002) o surfe é o esporte aquático mais praticado no mundo e conta com um mercado considerável. O Setor vem crescendo significativamente desde o ano 2000, contando hoje com 2,4 milhões de praticantes e um consumo de aprox. 80.000 pranchas anualmente. Conforme Zucco (at. Al., 2002) a indústria do surfe foi um dos seguimentos que mais cresceu nos últimos dez anos. Em pesquisas mais recentes feitas por “Toledo & Associados” este mercado tem crescido 10% ao ano (site: Surfe Como Negócio).

O cadastro do catálogo Surf & beach Fashion & Business magazine 2005 menciona cerca de 20.000 pontos de venda de surfe cadastrados em 2003, sendo destes 13.000 surfe shops. Segundo uma pesquisa da revista Alma Surf, no Brasil a indústria do surfe movimenta US$ 3 bilhões, dos quais US$ 2 bilhões com vestuário e US$ 1 bilhão em acessórios, equipamentos, mídia, promoção e turismo (site: Surfe Como Negócio), e com isto emprega direta e indiretamente cerca de 140 mil pessoas (Zucco at al. 2002, Serra at al. 2007).

Um exemplo da popularidade do surfe são as revistas e sites especializados. A revista Fluir possui 317 mil leitores, com tiragem de 55 mil exemplares mensais; a revista Hardcore possui 400 mil leitores, com tiragem de 50 mil exemplares mensais; e a revista Alma Surfe possui tiragem de 25 mil exemplares bimestrais. Já o site Waves Terra tem 20 mil acessos diários em média na capa e a página de Wavescheck Austrália tem uma média de 1.5 mil acessos por dia; e o site Câmera Surfe 10 mil acessos diários.

Mas o mundo dos negócios do surfe não se resume somente a surfwear. Um grande crescimento ocorreu também em empresas especializadas em equipamentos e acessórios, mídia (revistas, filmes, livros e internet) e turismo. Atualmente existem várias revistas especializadas, websites de notícias e previsão de ondas, amplo número de vídeos é lançado anualmente, e vários livros relacionados ao surfe encontram-se nas prateleiras de livrarias.

Além disso, o surfista é por natureza um aventureiro e viajante nato, sendo que busca sempre descobrir novas ondas e ter diferentes experiências no surfe. Com isto, o aumento de surfistas em busca da onda perfeita, o número de empresas especializadas em viagens para surfistas, ‘surf campings’ e ‘boat trips’ multiplicaram-se e continuam crescendo cada vez mais. Frederico Cerdeira, proprietário da agência Surftravel, em São Paulo, atua desde 1998 no mercado de viagens de surfe e garante: “É um mercado em ascensão, um esporte que vem crescendo bastante, o que acarreta mais viajantes potenciais do nosso público” (site: Surfe Como Negócio).

Porém, um produto pouco explorado no Brasil, mas há muito tempo descoberto em outros países, é o de guias para surfistas viajantes. Por exemplo, na Austrália podem ser encontrados em livrarias ou surfshops mais de quatro diferentes guias de surfe para o país, além de alguns outros regionais. No entanto, todos estes estão disponíveis somente na língua inglesa e não estão disponíveis no Brasil.

Mercado de viagens para a Austrália

Por ser uma grande ilha-continente, com 25.760 quilômetros de costa, a Austrália é considerada por muitos, o país que oferece o maior número de ondas inexploradas do mundo e também o top como destino do surfe, pois oferece uma grande diversidade de ‘swells’ e bancadas. Agregando a isso, qualidade de vida, segurança e infra-estrutura o país está sendo cada vez mais procurado por surfistas brasileiros.

Segundo dados do Consulado Geral da Austrália entre 2004 e 2006, a Austrália registrou um crescimento de cerca de 150% no recebimento de alunos do Brasil (site: Uol, 2008). Já Em 2007 mais de 12,5 mil brasileiros desembarcaram na Austrália para estudar, 25% a mais do que em 2006 e para os anos seguintes é previsto números ainda maiores (site: Maxpress, 2008). Além de outros, um dos principais motivadores desses estudantes é o surfe. Todavia, é apenas uma parte dos surfistas que vai para a Austrália como estudante, outra parte viaja somente como turista.

Durante os três anos e meio que morei na Austrália, onde cursei MBA em turismo, percebi uma grande quantidade de surfistas brasileiros que procuram esse país para surfar e a grande necessidade que os mesmos tinham de informação sobre as ondas e sobre o país em geral.

Sabendo do grande potencial de crescimento desse segmento, resolvi produzir um guia para ajudar surfistas brasileiros a viajar e surfar na Austrália. Com isso, saí em uma busca exploratória pelas ondas da Austrália, percorrendo boa parte do litoral, surfando, tirando fotos e coletando informações dos lugares; e assim juntei bom material para elaboração do livro. Além disso, uma extensa pesquisa foi feita através da internet.

Projeção de vendas

Para se fazer uma previsão de vendas para o guia é necessária uma boa pesquisa de mercado com definição das estratégias de marketing a serem utilizadas. Porém, com base nos dados citados, é possível fazer algumas projeções.

Começado pelo número de praticantes do esporte, se atingíssemos 1%, ter-se-ia vendas de aproximadamente 24 mil. Se tivesse como ponto de vendas as surfshops, vendendo-se em média dois guias para cada loja já se teria venda de 26 mil exemplares. Em uma provável parceria com uma revista especializada, poder-se-ia alcançar venda relativa à sua tiragem, entre 25 a 55 mil exemplares. Já com parceria de uma agência de intercambio, (considerando 10% dos estudantes) ter-se-ia um acréscimo nas vendas acima de 1.200 anualmente.

Além disso, muitas outras possibilidades existem, como por exemplo, patrocínios de marcas especializadas que fariam com que se produzisse em maior escala e com custo inferior. Em contrapartida os patrocinadores teriam sua imagem e propaganda no guia a longo prazo, pois ao contrario de revista, um guia pode ser utilizado por vários anos e poderá ser visto por diversas pessoas.

Canais de vendas

Como descrito acima, existem diversas possibilidades para se vender o guia. Porém, para isso se realizar, é necessário utilizar um bom canal de venda. Além de livrarias, o tradicional meio para se vender um livro, pode-se expandir as vendas através de parcerias feitas com revistas de surfe, marcas (e representantes) de Surfwear e até agências de intercambio e assim utilizar seus canais de distribuição para vender o guia.

Essa relação poderia ser feita de várias formas. Uma delas seria unir anúncio e vendas, ou seja, o parceiro ao comprar certa quantidade de exemplares (com desconto para vender ou distribuir a seus clientes) teria direito a um anúncio no livro. Para marcas e distribuidores de surfwear esta pode ser uma boa opção, pois além de fazer uma ótima divulgação da marca, poderiam facilmente distribuir os livros através das surfshops e lucrar com suas vendas.

Existe também a possibilidade de se produzir livros totalmente personalizados para os parceiros através de uma produção por impressão sob encomenda (ou Print-on-Demand) que apesar de mais cara pode ser facilmente modificada e envolve menos riscos, ótima para agências de intercâmbios que podem acrescentar informações e divulgar seus serviços.

Revistas de surf também podem ser ótimos parceiros, pois poderiam vender os livros através de sua rede de distribuição incrementando assim sua receita. Dentre outras possibilidades, as revistas poderiam usufruir de parte do material e fazer sua própria publicidade no livro.

Considerações Finais

O guia está bem completo, com informações gerais sobre o país, dicas de viagem, dicas de surfe e uma ampla relação de destinos e praias para surfar. Além é claro de uma extensa lista de websites, endereços e telefones para facilitar a vida do leitor.

No blog (http://australiasurfe.blogspot.com) você poderá conhecer um pouco melhor esse trabalho, aos poucos estão sendo lançadas partes do que estará disponível no guia. Se você achar o projeto interessante e quiser investir, tornar-se um parceiro ou até mesmo dar alguma idéia, por favor, entre em contato com Tiago Pereira Dias através dos emails: tiago_pdias@hotmail.com ou surfenomade@gmail.com

Outras Informações:

Bibliografia:

Zucco FD, Mesquita A, Pilla A. Surfe – um Mercado em Evolução. INTERCOM – XXV Congresso Brasileiro de Ciencias da Comunicaçao – Salvador/BA – 1 a 5 Set 2002.

Serra FAR, Fiates GG, Alperstedt GD. Inovaçao na Pequena Empresa – Estudo de Cason a Tropical Brasil. Jornal of Tecnology Management & Inovation, June, vlo.2, n.002. Santiago, Chile.

Silva RC. Os Instrumentos de Relações Públicas Utilizados nas Surf Shops: O Caso Trópico. Universidade do Vale do Rio dos Sinos – UNISINOS. São Leopoldo, 2003.

Surfe Como Negócio: http://www.surfecomonegocio.com.br/entrevistas-digitais/agencias-de-surftrip-sao-cada-vez-mais-evidentes-no-mercado

Maxpress: http://www.maxpressnet.com.br/noticia.asp?TIPO=PA&SQINF=323425&EDIT=ED

Uol: http://educacao.uol.com.br/intercambio/australia.jhtm

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