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As Ondas

                                                                                             Colaboração: Marco Romeu Ondas chegando perfeitas na bancada de Greenmount, Gold Coast  Sabe-se que, quanto maior for a intensidade do vento sobre o oceano, maiores serão as ondas; contudo, além da intensidade do vento, existem mais dois fatores que contribuem para a geração de boas ondas: é necessário que exista uma área relativamente grande do oceano exposta à ação do vento e que esse vento possa atuar por um período de tempo suficiente de modo a permitir que a energia existente no ar seja passada para o oceano. A combinação dos três fatores normalmente ocorre na presença de tempestades, podendo as ondas do mar serem classificadas em dois grupos:

(1) as vagas, em inglês “sea”, ondas encontradas dentro da zona de geração ou que estão sendo formadas pelo vento, recebendo energia do mesmo. Em tais condições, as ondas ficam mexidas, pois não possuem uma direção preferencial e apresentam diversos períodos.

(2) ondulação, em inglês “swell”, ondas que já saíram da zona de geração e que se propagam livremente pelo oceano.

Os sistemas atmosféricos que geram as ondulações normalmente deslocam-se de oeste para leste e é por isso que as costas oeste e sul da Austrália possuem uma maior constância de ondas grandes, enquanto a leste depende de ciclones locais para ter ondas maiores.

Quanto mais longa for a viagem da ondulação, melhor poderá ser a formação das ondas.

Uma boa dica para identificar se uma ondulação é viajada, isto é, bem organizada é observar o período de pico da mesma, facilmente identificado nos sites de previsões, já que ele indica o tempo que duas cristas consecutivas levam para passar pelo mesmo ponto fixo, estando diretamente relacionado à distância entre uma onda e outra. Assim, um período maior indicará que a ondulação está mais limpa e as ondas poderão quebrar mais perfeitas.

A direção principal da ondulação é outro fator importante, pois influencia a formação das ondas, ao se chocarem com a bancada. Um choque direto com o banco provavelmente fará com que a onda feche. O ideal é que a ondulação encontre o banco de 30° a 70°, como a lâmina de uma tesoura encontra a outra, fazendo com que a onda quebre gradualmente.

O tamanho das ondas também é determinante na escolha do lugar para surfar. É bom lembrar que nem sempre as maiores ondulações serão as melhores. Isso dependerá das características de cada lugar. Alguns só estarão bons em pequenas ondulações; outros, apenas em grandes, enquanto alguns ainda poderão ser bons para ambos os tamanhos.

Por isso é sempre bom estar atento aos fatores citados; em ondulações grandes, procure lugares mais protegidos e, de preferência, onde a ondulação entre atravessada na bancada. Já para dias com ondulações menores, procure praias mais expostas, que recebam mais facilmente as ondulações.

Abaixo segue uma lista das outras postagens complementares a esta.

LINKS:

OBSERVAÇÃO: o livro (guia) “Surfando na Terra dos Cangurus” contém informações gerais sobre as referidas variáveis em cada região, bem como tabelas com breve estudo das características de cada praia. Isso o ajudará na escolha da região onde pretende surfar. No entanto, durante a viagem em busca da onda perfeita, é necessário comparar essas informações com as ondulações e os ventos. Além de ficar de olho na previsão, é muito importante observar o mar constantemente para tirar suas próprias conclusões. 

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