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Surfe, um bom negócio.

Durante muito tempo o surfe teve uma péssima imagem. Surfistas eram descriminados, sendo considerados como vagabundos, sujos e drogados. No entanto nos últimos anos as coisas mudaram de figura, a indústria relacionada ao surfe proliferou e a imagem negativa do surfista mudou. Hoje em dia existem cada vez mais adeptos e admiradores do esporte, desde crianças a idosos. Por exemplo, na Austrália é comum ver as três gerações de uma família indo juntos pegar onda.
Por volta dos anos 50s e 70s, apesar de muitas pessoas descriminarem o esporte, o surfe já conquistava alguns adeptos. Alguns deles, apaixonados pelo esporte, resolveram ir contra a os conceitos da sociedade, resolvendo ter o surfe como estilo de vida e meio de sustento, assim criando as primeiras empresas (marcas) de surfe. Através dessas empresas e suas marcas, começaram a transmitir a essência do surfe como esporte e estilo de vida, conquistando mais simpatizantes para o esporte e conseqüentemente mais consumidores para seus produtos.
Com o aumento das vendas e dos lucros (assim como da competição pelas vendas) as empresas de surfe começaram a investir mais em marketing (patrocinando campeonatos e surfistas, fazendo publicidade em revistas e produzindo de filmes de surfe) criando uma nova imagem do surfe, tornando-o um negócio lucrativo e em rápida expansão. Para se ter uma idéia, em um artigo na ‘The Australian’, Guyet (2002:27) citou vendas de 40 bilhões de dólares australianos (aproximadamente 56 bilhões de reais) na indústria de surfwear (roupas de surfe).
Hoje em dia, ao contrario de antigamente, pessoas admiram o surfe e até investem seu dinheiro em empresas de surfe. Como exemplo, a Billabong, uma das mais valorizadas marcas australianas, tem seu capital aberto na Bolsa de Valores e proporciona um investimento seguro e rentável para seus investidores, a mesma apresentou um bilhão de dólares australianos em vendas e um lucro líquido de A$145.9 milhões no ano fiscal australiano de 2005-06.
O crescimento do surfe e sua imagem é tanta que até empresas que não tem origem do surfe estão migrando para esse mercado. A Oakley, empresa especializada em óculos, é um exemplo disso, está investindo alto no esporte e já possui uma linha bastante variada em roupas e acessórios para o surfe.
Mas o mundo dos negócios do surfe não se resume somente a surfwear. Um grande crescimento ocorreu também em empresas especializadas em equipamentos e acessórios, mídia (revistas, filmes, livros e internet) e turismo. Atualmente existem várias revistas especializadas, websites de notícias e previsão de ondas, amplo número de vídeos é lançado anualmente, e vários livros relacionados ao surfe encontram-se nas prateleiras de livrarias.
Uma grande evolução na variedade de equipamentos e acessórios também é percebida, como evolução no sistema de produção de pranchas, grande variedade de quilhas, aperfeiçoamento das roupas de neopreme, assim como boa variedade em acessórios para viagem.
Além disso, com o aumento de surfistas em busca da onda perfeita, o número de empresas especializadas em viagens para surfistas, ‘surf campings’ e ‘boat trips’ multiplicaram-se e continuam crescendo cada vez mais.
Finalmente, nós surfistas não somos mais os vagabundos que as pessoas pensavam dos primeiros adeptos do esporte. Além de surfistas profissionais, empresários e outros que vivem diretamente do esporte, muitos surfistas são médicos, advogados, doutores, administradores, professores, economistas, etc. Enfim, somos pessoas respeitadas e admiradas por praticar o esporte milenar dos reis havaianos.

Link:
Surfe Como Negócio: http://www.surfecomonegocio.com.br/

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