O turismo é considerado por especialistas a industria que mais cresce no mundo e tem um grande potencial de rentabilidade para negócios tanto de grande quanto de pequeno porte, gerando emprego e desenvimento para o destino turístico. Com esse intuito, paises como Austrália, líder em investimento na promoção do turismo, investem milhões de dólares anualmente para atrair turistas. No entanto, o turismo também poderá trazer problemas como superlotação, poluição e conflitos culturais.
Turistas são pessoas que viajam para conhecer lugares diferentes, ter novas experiências, lazer e ter certo tipo de prazer. Muitos destes, buscam esse prazer através do esporte, como o surfe, por exemplo. Neste caso, surfistas são turistas que buscam satisfazer seus desejos de surfarem ondas perfeitas com as quais sempre sonharam, muitas vezes gastando bastante dinheiro para isso (economia de anos, em alguns casos). Além disso, o surfe está associado com juventude, liberdade e considerado por muitos como um esporte radical e exótico que está sendo usado como um bom atrativo para vários destinos turísticos localizados no litoral. Um exemplo disso é a Gold Coast, região localizada no litoral leste da Austrália, a qual tem como principal centro turístico, a praia chamada “Surfers Paradise” (Paraíso dos Surfistas), e na qual localizam-se diversas outras praias com ótimas condições para a pratica do esporte como as famosas: Kirra, Burleigh Heads e Snapper Rocks.
A Gold Coast é hoje uma das regiões que mais cresce na Austrália, tendo como principal fonte econômica o turismo. Anualmente diversos hotéis e prédios residenciais para férias são construídos da noite para o dia para receberem o crescente número de turistas que visitam a região. Esse sucesso foi criado através de uma forte campanha de marketing e criação de marca, tendo como principal slogan “The Surfers Paradise”.
Um dos resultados desse estímulo são escolas da língua inglesa lotadas de estudantes em sua maioria brasileiros durante o verão. Jovens que são atraídos pela vantagem aprender ou aprimorar o inglês tendo ondas perfeitas para surfar perto da escola e de casa. Escolas como o QIBA (Queensland Intenational Business Academy), localizada na pacata praia de Coolangatta, o qual oferece aulas de surf como parte do pacote e tem como principal atrativo sua localização perto de praias maravilhosas e ótimas para a pratica do surf, recebe dezenas de estudantes brasileiros. Em toda Gold Coast existem mais de cinco escolas, varias delas com porte maior que do QIBA, além disso, outras centenas de surfistas vão para a Gold Coast apenas como turistas.
Conseqüentemente, um crowd (multidão) insuportável é encontrado dentro dágua. Tanto que o paraíso torna-se um campo de batalha, onde surfistas (incluindo longboard, bodyboard, kneeboard e até caiaques) disputam a unhas e dentes, como se fossem feras famintas brigando por sua caça, cada onda que se aproxima da bancada. Nessa briga, como na selva, somente os mais fortes sobrevivem, ou seja, apenas surfistas com mais conhecimento do local, mais experientes ou mais preparados fisicamente conseguem pegar boas ondas. Assim, para poder pegar uma onda no lugar tão sonhado, turistas (algumas vezes inexperientes) remam desesperados em todas as ondas que entram, muitas vezes atrapalhando quem vem na preferência, além disso, quando estão voltando da tentativa fracassada, ficam na frente de quem está surfando a onda, dificultando as manobras e aumentando o risco de acidente.
Além disso, alguns turistas, geralmente brasileiros, chegam em grupos lotando o outside, falando alto, gritando e até mesmo desrespeitando a lei da preferência, fazendo com que os locais, perdendo espaço, sintam-se desrespeitados e ameaçados. Com isto, os amigáveis e acolhedores surfistas australianos estão ficando revoltados e como conseqüência, começou a surgir os primeiros sinais de localismo, como o caso do espancamento de um brasileiro na praia de Burleigh Heads em 2006. O mesmo aconteceu no Havaí na década de 70, quando os pacatos e acolhedores havaianos, sentindo-se ameaçados com a invasão de enérgicos surfistas americanos e australianos, começaram a reagir com violência para garantir seu espaço no outside. Hoje o Havaí além de ser conhecido por ter ondas grandes e perfeitas, é também conhecido pelo localismo e agressividade dos surfistas locais.
No entanto, esse tema tem uma controvérsia, se os locais não querem tantos turistas, por que estimulam tanto o turismo? Revistas australianas especializadas em surfe (uma delas inclusive fez uma matéria sobre a invasão brasileira na Gold Goast, chamando-nos de macacos) são as que mais estimulam esse supercrowd, pois em toda edição publicam alguma coisa sobre superbank (considerada uma das ondas mais longas para a direita do mundo incluindo as praias de Snapper, Rainbown Bay, Greenmount, Coolangatta e Kirra). Isto seria como uma pessoa convidar outras para uma festa, receber os presentes, e querer comer sozinho o bolo. Por outro lado, não seria nem um pouco gentil, um convidado somente porque deu um presente bonito, querer tomar conta da festa e comer todos os salgadinhos.
Assim, um respeito mútuo é necessário, se locais não querem turistas, então que não convidem, ou se convidarem vão precisar ter paciência e recebe-los melhor. De outro lado turistas precisam ter consciência que não estão em casa surfando em sua praia, e sim, em outro país e com cultura diferente. Assim é preciso ter mais respeito pelos locais e procurar saber mais sobre sua cultura.
Tudas essas diferenças culturais bem como alternativas sobre como fugir do crowd serão apresentadas em próximas postagens. Acompanhe e você terá dicas valiosas para pegar altas ondas na terra dos cangurus.
Turistas são pessoas que viajam para conhecer lugares diferentes, ter novas experiências, lazer e ter certo tipo de prazer. Muitos destes, buscam esse prazer através do esporte, como o surfe, por exemplo. Neste caso, surfistas são turistas que buscam satisfazer seus desejos de surfarem ondas perfeitas com as quais sempre sonharam, muitas vezes gastando bastante dinheiro para isso (economia de anos, em alguns casos). Além disso, o surfe está associado com juventude, liberdade e considerado por muitos como um esporte radical e exótico que está sendo usado como um bom atrativo para vários destinos turísticos localizados no litoral. Um exemplo disso é a Gold Coast, região localizada no litoral leste da Austrália, a qual tem como principal centro turístico, a praia chamada “Surfers Paradise” (Paraíso dos Surfistas), e na qual localizam-se diversas outras praias com ótimas condições para a pratica do esporte como as famosas: Kirra, Burleigh Heads e Snapper Rocks.
A Gold Coast é hoje uma das regiões que mais cresce na Austrália, tendo como principal fonte econômica o turismo. Anualmente diversos hotéis e prédios residenciais para férias são construídos da noite para o dia para receberem o crescente número de turistas que visitam a região. Esse sucesso foi criado através de uma forte campanha de marketing e criação de marca, tendo como principal slogan “The Surfers Paradise”.
Um dos resultados desse estímulo são escolas da língua inglesa lotadas de estudantes em sua maioria brasileiros durante o verão. Jovens que são atraídos pela vantagem aprender ou aprimorar o inglês tendo ondas perfeitas para surfar perto da escola e de casa. Escolas como o QIBA (Queensland Intenational Business Academy), localizada na pacata praia de Coolangatta, o qual oferece aulas de surf como parte do pacote e tem como principal atrativo sua localização perto de praias maravilhosas e ótimas para a pratica do surf, recebe dezenas de estudantes brasileiros. Em toda Gold Coast existem mais de cinco escolas, varias delas com porte maior que do QIBA, além disso, outras centenas de surfistas vão para a Gold Coast apenas como turistas.
Conseqüentemente, um crowd (multidão) insuportável é encontrado dentro dágua. Tanto que o paraíso torna-se um campo de batalha, onde surfistas (incluindo longboard, bodyboard, kneeboard e até caiaques) disputam a unhas e dentes, como se fossem feras famintas brigando por sua caça, cada onda que se aproxima da bancada. Nessa briga, como na selva, somente os mais fortes sobrevivem, ou seja, apenas surfistas com mais conhecimento do local, mais experientes ou mais preparados fisicamente conseguem pegar boas ondas. Assim, para poder pegar uma onda no lugar tão sonhado, turistas (algumas vezes inexperientes) remam desesperados em todas as ondas que entram, muitas vezes atrapalhando quem vem na preferência, além disso, quando estão voltando da tentativa fracassada, ficam na frente de quem está surfando a onda, dificultando as manobras e aumentando o risco de acidente.
Além disso, alguns turistas, geralmente brasileiros, chegam em grupos lotando o outside, falando alto, gritando e até mesmo desrespeitando a lei da preferência, fazendo com que os locais, perdendo espaço, sintam-se desrespeitados e ameaçados. Com isto, os amigáveis e acolhedores surfistas australianos estão ficando revoltados e como conseqüência, começou a surgir os primeiros sinais de localismo, como o caso do espancamento de um brasileiro na praia de Burleigh Heads em 2006. O mesmo aconteceu no Havaí na década de 70, quando os pacatos e acolhedores havaianos, sentindo-se ameaçados com a invasão de enérgicos surfistas americanos e australianos, começaram a reagir com violência para garantir seu espaço no outside. Hoje o Havaí além de ser conhecido por ter ondas grandes e perfeitas, é também conhecido pelo localismo e agressividade dos surfistas locais.
No entanto, esse tema tem uma controvérsia, se os locais não querem tantos turistas, por que estimulam tanto o turismo? Revistas australianas especializadas em surfe (uma delas inclusive fez uma matéria sobre a invasão brasileira na Gold Goast, chamando-nos de macacos) são as que mais estimulam esse supercrowd, pois em toda edição publicam alguma coisa sobre superbank (considerada uma das ondas mais longas para a direita do mundo incluindo as praias de Snapper, Rainbown Bay, Greenmount, Coolangatta e Kirra). Isto seria como uma pessoa convidar outras para uma festa, receber os presentes, e querer comer sozinho o bolo. Por outro lado, não seria nem um pouco gentil, um convidado somente porque deu um presente bonito, querer tomar conta da festa e comer todos os salgadinhos.
Assim, um respeito mútuo é necessário, se locais não querem turistas, então que não convidem, ou se convidarem vão precisar ter paciência e recebe-los melhor. De outro lado turistas precisam ter consciência que não estão em casa surfando em sua praia, e sim, em outro país e com cultura diferente. Assim é preciso ter mais respeito pelos locais e procurar saber mais sobre sua cultura.
Tudas essas diferenças culturais bem como alternativas sobre como fugir do crowd serão apresentadas em próximas postagens. Acompanhe e você terá dicas valiosas para pegar altas ondas na terra dos cangurus.
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